O homem que matou o adolescente João Vitor Brito Linhas, de 15 anos, no último dia do ano passado, na Praia de Zumbi, litoral do RN, foi condenado a 24 anos de prisão em regime fechado. O julgamento foi concluído nessa segunda-feira (11), no Fórum Desembargador Paulo Soares, em Touros.
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Henrique Eduardo Lima da Silva, de 23 anos, foi condenado pelos crimes de homicídio e homicídio tentado qualificados. Após quase um ano, para a mãe da vítima, Maria Brito, a justiça foi feita. Segundo ela, o condenado acabou com os sonhos do adolescente e destruiu a família.
"O coração ficou aliviado. Não vai trazer meu filho de volta, mas está muito aliviado, porque ele acabou com a minha vida, a do meu esposo e tirou os sonhos do meu filho. É a mesma profissão que ele tem. O rapaz que tirou a vida do meu filho é mecânico de trator. E meu filho queria ser mecânico de moto. Estou bem satisfeita porque a justiça foi feita e ele pegou 24 anos", afirmou em entrevista à TV Tropical.
A família apontou ainda que o júri foi bem intenso e cheio de acusações. "Na parte dele foi muita injustiça, falaram bastante coisas do meu filho, que meu filho não fez, que meu filho tinha chegado batendo, fazendo pancadaria. O meu filho nunca bateu em ninguém, nunca foi injusto com nada", disse.
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A mãe do adolescente destacou ainda que a maior dor é saber que João Vitor morreu de forma violenta. "Fiquei sabendo, que é algo que me dói mais, até ontem estava sabendo que meu filho tinha sido esfaqueado, mas meu filho foi furado com canivete. Ele perfurou meu filho duas vezes com canivete e ainda disse que não foi. Foi comprovado que foi um canivete que ele perfurou meu filho e perfurou o coração. Ele sangrou até a morte. Isso é o que me dói mais, porque foi um crime muito bárbaro o que ele fez com meu filho", falou.
Mesmo bastante abalada, a mulher tirou forças para reforçar a importância da condenação. "A justiça foi feita. Nem tardou nem falhou. Só chegou na hora certa", completou.
O crime aconteceu no dia 31 de dezembro de 2023, na Praia de Zumbi, em Rio do Fogo. João Vitor e a família estava no local para celebrar o Réveillon. O adolescente teria tentado defender o pai durante uma confusão. Ele chegou a ser socorrido para o Hospital de Rio do Fogo, mas não resistiu.