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Brasil
Ameaças, ciúmes e agressões: mulher morta a facadas registrou BO contra companheiro e pediu medida protetiva

Publicado em 11/03/2025 10:57

Foto/Reproducao


Da Gazeta Web - O companheiro de Luzia dos Santos de Andrade, principal suspeito de matá-la a facadas em Água Branca, no interior de Alagoas, já tinha uma denúncia de ameaça e contra ele havia uma medida protetiva. O Boletim de Ocorrência foi registrado em janeiro deste ano por Luzia. Ela foi assassinada na madrugada de sábado (9).

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O dia Internacional da Mulher foi celebrado no sábado (8). E foi nesse dia, que Luzia Andrade não escapou da violência praticada pelo ex-companheiro, que conseguiu fugir após o crime.

Em janeiro deste ano, a mulher já tinha registrado um Boletim de Ocorrência contra o companheiro com quem tinha um relacionamento há 17 anos e dessa convivência geraram três filhos, 7, 15 e 16 anos de idade.

No Boletim de Ocorrência, Luzia Andrade relata que a relação do casal estava difícil e que o companheiro chegou a agredi-la com palavras ofensivas à honra dela. Além disso, ela relatou que ele a ameaçou de morte e de matar os próprios filhos caso eles tentassem impedi-lo de agredi-la.

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As brigas, segundo ela, eram recorrentes por causa do excesso de ciúmes do homem. Devido às queixas de Luzia Andrade, a Polícia Civil representou à Justiça pela concessão de Medidas Protetivas, o que foi acatado pelo juízo de Água Branca.

“No presente caso, verifica-se, em tese, a configuração de violência psicológica, vez que há notícias de que o representado está ameaçando a sua companheira, causando-lhe, em tese, danos psicológicos, razão pela qual a vítima, temendo por sua integridade, representou o requerido”, pontuou a Justiça na decisão.

Por causa dos riscos à integridade física da mulher, no final de janeiro deste ano, a Justiça determinou a proibição do companheiro de se aproximar dela, mantendo um limite mínimo de 200 metros de distância.

Ele também estava proibido de se aproximar dos familiares de Luzia Andrade, do local de trabalho ou qualquer outro onde ela costumava frequentar. O homem estava ainda proibido de estabelecer qualquer tipo de comunicação com a mulher.

Ao ser esfaqueada pelo companheiro, ela ainda foi socorrida para o Hospital Regional do Alto Sertão, mas não resistiu aos ferimentos. Diante do caso, a Polícia Civil abriu investigação para apurar as circunstâncias do feminicídio.


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