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Brasil
Médico revela que mulher morta por sargento era ameaçada por ele e morreu com faca cravada no pescoço dentro de clínica

Publicado em 09/05/2025 08:57

Foto/Reproducao


do g1 - O g1 teve acesso ao depoimento do médico proprietário da clínica onde o sargento da Polícia Militar (PM) Samir Carvalho matou a esposa Amanda Fernandes Carvalho em Santos, no litoral de São Paulo. À Polícia Civil, o médico informou que viu a vítima com uma"faca cravada no pescoço e banhada em sangue”. Antes, ela havia revelado ao médico que estava se separando do agressor.

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O crime aconteceu na quarta-feira (7), dentro da clínica localizada na Avenida Pinheiro Machado, no bairro Marapé. Samir efetuou diversos disparos, atingindo a esposa e a filha. Em seguida, pegou uma faca e deu aproximadamente dez facadas em Amanda.

Amanda morreu no local e a filha do casal, de 10 anos, ficou ferida. A menina foi levada para a Santa Casa de Santos. Ao g1, o hospital informou que a paciente foi atendida pela equipe multidisciplinar e não tem autorização para prestar informações sobre o estado de saúde. 

Médico 

Segundo o médico, ele foi surpreendido por Amanda e pela filha enquanto estava na própria sala aguardando o horário de chamá-las para uma consulta que estava agendada. O profissional contou que a mulher entrou no cômodo muito nervosa, dizendo que estava sendo ameaçada pelo companheiro.

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“Meu marido está comigo, está armado, é policial e ele quer me matar, pois estamos nos separando”, teria dito Amanda ao médico.

Ele disse para a Polícia Civil que trancou a porta do consultório, colocou duas cadeiras atrás da porta e ficou segurando com medo de que fosse arrombada. O médico também contou que pediu para a paciente chamar a polícia, mas ela respondeu que uma amiga já havia acionado a corporação. Por isso, insistiu por uma nova ligação.

O homem relatou que ouviu uma batida na porta e questionou quem era, mas não teve retorno. Momentos depois, ele escutou a voz da secretária pedindo para a porta ser aberta porque a PM havia chegado. Segundo o relato, também foi possível escutar uma voz masculina dizendo: “pode abrir, é a polícia, está tudo sob controle”.

Após questionar se os agentes estavam uniformizados, o médico abriu parcialmente a porta e, em seguida, foi para atrás da mesa. Ele disse que viu, no fim do corredor, um policial fardado e depois ouviu uma sequência de mais de dez tiros.

O profissional disse para polícia que se abrigou debaixo da mesa para se proteger e acredita que o atirador tenha começado os disparos do fora da sala. De acordo com o médico, ele só se levantou depois que o agressor foi contido pelas equipes policiais.

O homem contou que socorreu a filha de Amanda e, logo depois, viu o corpo da mulher com uma faca “cravada no pescoço e banhada em sangue”. Ele garantiu que nunca havia visto as vítimas antes e não chegou a ver o atirador porque se escondeu ao ouvir o primeiro tiro.


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