Foto/Reproducao
Do 1 News - A Justiça do Rio de Janeiro decidiu manter a prisão preventiva de Marcelo e Tania D’Ottavio, detidos em flagrante por manterem o corpo do pai, Dario D’Ottavio, de 88 anos, em estado avançado de decomposição dentro da residência da família na Ilha do Governador.
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Os dois foram encontrados pela polícia na última sexta-feira (23) e, desde então, permanecem internados em unidades psiquiátricas
A decisão foi tomada pela juíza Laura Noal Garcia, da 14ª Vara Criminal, que considerou a gravidade da situação suficiente para justificar a custódia dos irmãos, mesmo sem antecedentes criminais.
Segundo a magistrada, Marcelo e Tania tentaram resistir à ação dos agentes, dificultando a entrada da polícia durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão. Marcelo teria apresentado comportamento agressivo e agitado no momento da abordagem.
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As investigações apontam que o idoso já estaria morto há cerca de seis meses. A denúncia partiu de servidores da Secretaria Municipal de Saúde, que foram impedidos de entrar na casa ao tentar realizar uma visita de rotina. A situação chamou atenção das autoridades, que passaram a suspeitar da conduta dos filhos.
A polícia também apura a possibilidade de que os irmãos continuavam realizando saques mensais da aposentadoria do pai, mesmo após a morte dele. Diante do comportamento dos dois e da condição em que foram encontrados, a delegacia responsável solicitou a internação psiquiátrica de ambos, por suspeita de distúrbios mentais.
Além da acusação de ocultação de cadáver, Marcelo e Tania D’Ottavio também responderão pelos crimes de resistência e lesão corporal. O corpo do idoso foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para a realização de exames periciais. A 37ª Delegacia de Polícia segue à frente das investigações para esclarecer todos os detalhes do caso.