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Brasil
Criança de 1 ano morre com sinais de violência e abuso; mãe e companheira são suspeitas do crime

Publicado em 18/03/2025 13:50

Myllena Carla Andrelin (companheira, 27 anos) e Juliele Vieira de Amorim (mãe, 25 anos) são suspeitas da morte de Maria Isis de Amorim, de 1 ano, no Espírito Santo — Foto: Divulgação


do g1 - Uma menina de 1 ano e 10 meses morreu depois de dar entrada em um hospital de Colatina, no Noroeste do Espírito Santo, na noite de quinta-feira (13), com sinais de violência e abuso. De acordo com a Polícia Militar, Maria Isis Vieira de Amorim chegou à unidade em estado gravíssimo, desacordada, desidratada, com fratura e hematomas, e não resistiu aos ferimentos.

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A mãe dela, Juliele Vieira de Amorim, de 25 anos, e a companheira da mãe, Myllena Carla Andrelino, de 27 anos, foram presas em flagrante. Elas são suspeitas do crime.

Ainda segundo a PM, Myllena estava no hospital e relatou aos militares que a enteada havia caído da escada no dia anterior, enquanto estava com a babá e, por isso, teria cortado a testa e o nariz.

No mesmo dia, de acordo com a madrasta, a menina caiu de novo durante o banho e, dessa vez, teria batido a cabeça. A criança foi levada ao hospital porque começou a ter febre.

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O laudo médico apontou que a criança sofreu uma fratura no braço direito e tinha hematomas na cabeça, no pescoço, nas costas e nas partes íntimas. Depois de ser questionada novamente, a madrasta admitiu aos policiais que dava chineladas na criança. Os militares verificaram ainda que Myllena tinha uma lesão na mão esquerda.

"Após a madrasta fornecer o endereço em que a mãe biológica da criança (Juliele) estaria, a equipe foi ao local e localizou a mulher, 25 anos. Ela foi conduzida à 15ª Regional de Colatina. Considerando que a declaração da madrasta apresentava contradições, ela também foi conduzida à delegacia", disse nota da corporação.

Maria Isis de Amorim, de 1 ano, filha de Juliele Vieira de Amorim (25 anos) e Myllena Carla Andrelin (companheira), que são suspeitas do crime no Espírito Santo — Foto: Divulgação
Maria Isis de Amorim, de 1 ano, filha de Juliele Vieira de Amorim (25 anos) e Myllena Carla Andrelin (companheira), que são suspeitas do crime no Espírito Santo — Foto: Divulgação

Titular da Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) do município, o delegado Deverly Pereira Junior também falou das contradições no depoimento da madrasta e a respeito do laudo médico.

 

"Verificamos contradições nos depoimentos. Depois, a madrasta confessou que aplicou uma surra na criança há três dias com intuito de corrigir a menina, e alegou que a criança sofreu uma queda durante um banho. A mãe relatou que sabia das agressões, mas que não concordava. Vamos verificar se a mãe tinha participação”, disse o delegado.

 

Myllena Carla Andrelin (companheira) à esquerda e Juliele Vieira de Amorim (mãe), à direita. Ambas foram presas. — Foto: Divulgação Polícia Civil
Myllena Carla Andrelin (companheira) à esquerda e Juliele Vieira de Amorim (mãe), à direita. Ambas foram presas. — Foto: Divulgação Polícia Civil
 

Além disso, o delegado Deverly disse que a Polícia Civil vai investigar os possíveis indícios de abuso sexual que a criança teria sofrido.

 

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"Os médicos que atenderam a criança relataram terem constatado lesões importantes nessa região (genital), o que ainda nesse momento não comprova que houve a violência sexual. É um indicativo e a polícia vai, também, prosseguir nesse rumo. É um caminho que as investigações tendem a tomar também", disse Deverly.

 

Maria Isis de Amorim, de 1 ano, filha de Juliele Vieira de Amorim (25 anos) e Myllena Carla Andrelin (companheira), que são suspeitas do crime no Espírito Santo — Foto: Divulgação
Maria Isis de Amorim, de 1 ano, filha de Juliele Vieira de Amorim (25 anos) e Myllena Carla Andrelin (companheira), que são suspeitas do crime no Espírito Santo — Foto: Divulgação

Por nota, a Polícia Civil informou que as suspeitas, de 25 e 27 anos, conduzidas à Delegacia Regional de Colatina, foram autuadas em flagrante por homicídio qualificado cometido contra menor de 14 anos e contra ascendente. Elas foram encaminhadas ao sistema prisional. A investigação vai seguir.


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