Foto/Reproducao
Do g1 - A Polícia Civil dá andamento às investigações para entender as circunstâncias da morte da empresária Thais Cristina Rocha da Silva, de 32 anos, em Sacramento, no Alto Paranaíba. No entanto, a modificação da cena onde a mulher foi encontrada morta prejudicou o trabalho da perícia.
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Thais estava gestante e morreu no domingo (2) após um aborto em casa. Ela deu entrada na Santa Casa de Misericórdia do município com um hematoma na testa e sangramento vaginal. O feto foi encontrado dentro de um saco de lixo.
O delegado responsável pelo caso, Rafael Jorge, aguarda o resultado do laudo da perícia. Ele esclareceu que as análises têm sido dificultadas porque o amigo da família, que disse à polícia ter encontrado Thais desacordada, limpou o local do possível crime e lavou o vestido que a empresária usava. Ele também disse que fez isso a pedido da mães de Thais.
A polícia busca provas para identificar os envolvidos no crime, que é tratado como aborto seguido de morte, e para saber se o procedimento teve o consentimento da gestante. O inquérito será concluído em 30 dias.
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"Os peritos têm técnicas específicas para tentar reconstituir o que aconteceu mesmo quando o local é mexido", explicou o delegado.
Ninguém foi preso até o momento.
No relato para a Polícia Militar (PM), um amigo da família disse ter sido o primeiro a encontrar a vítima. Ele contou que a empresária do ramo de bronzeamento natural estava caída no banheiro da casa, desacordada. Ainda segundo o homem, ela estava grávida de quatro meses e havia tentado realizar um aborto.
Na casa de Thaís, os policiais encontraram um feto dentro de um saco de lixo, debaixo do tanque na área de serviço.
O amigo disse à PM que tem a chave da casa, porque realiza vários serviços no imóvel. Ainda segundo ele, o marido de Thais, que é policial militar, pediu para que comprasse areia e deixasse na casa.
Ao entrar no imóvel com o produto, por volta das 11h de domingo, ouviu um barulho vindo do banheiro e encontrou Thais caída. Ainda conforme ele, a empresária havia batido a testa no chão por causa da queda.
Foi então que ele ligou para a irmã de Thais, que levou cerca de 40 minutos para chegar à casa junto à mãe. Ele disse que, a pedido da mãe da vítima, limpou o local e lavou o vestido que a mulher usava.
A irmã de Thais contou para a PM que não sabia da gravidez e que, assim que recebeu a ligação do amigo da família, foi para a casa da vítima junto à mãe.
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Ao chegarem, elas relataram que encontraram Thais sem roupa, ainda caída no chão, com um machucado na cabeça e muito sangue no chão.
A mãe de Thais confirmou a versão da filha. Ela também disse que ao chegarem na residência, o amigo da família afirmou que a bronzeadora estava passando mal no banheiro e acionaram a ambulância. A mãe também afirmou que não sabia da gravidez da filha.
Já o marido de Thais contou para a polícia que o casal vivia em união estável há 13 anos e que tem uma filha juntos.
De acordo com o militar, ele sabia da gravidez e desde o dia anterior Thais reclamava de dores. Por isso, teria pedido para que o amigo da família ficasse com a esposa, porque estava preocupado com ela.